O Geniecom é um console de videogame de terceira geração clone do NES e que possui uma série de modificações específicas para o mercado brasileiro de jogos eletrônicos.

Histórico

O aparelho foi fabricado pela extinta NTD Eletrônica, sob licença da Codemasters (a co-criadora do Game Genie). Isto que dizer que o console teve liberação para incorporar a tecnologia da senhas secretas quando inserido um cartucho. Ja era o ano de 1992 E os videogames já pulavam para uma nova geração, barateando ainda mais as plataformas de clones de Nintendo. Entretanto o Geniecom foi um dos mais robustos consoles da terceira geração, por ter sido projetado com elementos inovadores de diversas plataformas já lançadas, como forma de seduzir os ainda consumidores que não poderiam comprar um Mega Drive ou um Super Nintendo.

O Console

O Geniecom possui dentro dele um Game Genie (o ancestral do Game Shark) embutido. O periférico é ligado através de uma alavanca na direita do console. Os controles eram grandes e pesados se comparados com o D-pad original do NES, mas possui entrada para fones de ouvido e controle de volume independente. Como o NES, ele também possui saída de vídeo RF e RCA composto, além de poder ligar uma antena no console e no adaptador RF para ligá-lo na TV sem fios, similarmente ao Master System Super Compact. De todas as possíveis atualizações e inovações de um console da época, o Geniecom oferecia todas elas. A única desvantagem do console é que não tinha o dual system (60 e 72 pinos); somente o 72 pinos, padrão americano.

Os controles do Geniecom mesmo sendo pesados vem com botoes de turbo que davam uma grande ajuda aos jogadores em alguns jogos. Outra coisa do Geniecom especial era o som que podia ser acoplado com a entrada no controle – era possível sentir uma qualidade de áudio estéreo.

Jogos

O Geniecom vinha com um livro de códigos do Game Genie, onde continha a maioria dos jogos lançados para o NES, e  dependendo do código digitado para o jogo alguns funcionavam bem e outros davam problemas. Esses códigos disponibilizavam muitas mudanças nos games, como vida infinitas, super pulo, escolha de fases e etc. Não era raro o jogo travar com o uso dos códigos, mas era uma opção diferente para usar naquele jogo específico para testar novas possibilidades e até segredos. Funciona da seguinte maneira: ao ligar o videogame o jogador tem acesso a uma tela inicial, antes do game carregar, onde se pode inserir códigos que alterarão algo no jogo em questão. Era necessário consultar o livro e testar as combinações no jogo.
O Geniecom não teve produção própria de cartuchos, como a maioria dos seus concorrentes.

Mercado

Por se tratar de um console de jogo vendido em meio de muitos outros, os Geniecom era facilmente encontrado em lojas de eletrônica. Para muitos foi o primeiro videogame caseiro, por estar com preço muito mais barato que os recém chegados consoles da quarta geração. Em poucos anos o console parou de ser fabricado.

Ficha Técnica

Geração: Terceira
Fabricante: NTD Eletrônica
Ano: 1992
CPU: Ricoh 2A03 8-bit  processor
RAM: 2 kB (cartuchos podem ter mais memória para adicionar ao jogo)
Resolução: 256 × 240 pixels
Cores: 48 cores e 5 tons de cinza. 24 cores simultâneas
Audio: 5 canais de som com mudulações diferentes
Controles: dois controles, ligados por conectores ao console
Conexões: sinal de vídeo RF ou AV com conectores ligados ao console

Referências

Brazilian NES Clones

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Atualiazado em 04/06/2017 por Daniel Gularte