Sumário
Introdução
O Dreamcast foi um console com “tempo de vida” extremamente curto. Embora todas as premissas de ser 0 primeiro console 128 bits do mercado, algumas decisões da SEGA no planejamento do console, como a decisão de utilizar CD’s de alta capacidade ao invés do DVD, que começava a surgir no mercado, acabaram por levar o console a um “falecimento” precoce. Devido a esse fato, o Dreamcast é um jogo de poucos jogos, e raríssimo de títulos que merecem ser jogados até hoje. Porém, ao contrário do console, esses raríssimos jogos são de uma qualidade tremenda e realmente se tornaram motivos para ainda se ter um Dreamcast ou mesmo adquirí-lo.
Como exemplo, tem-se a série Crazy Taxi, iniciada nos arcades e logo portada para o console, iniciando o sucesso da série também em versões caseiras. Em suma, o título apresentou vários conceitos novos e “insanos” para jogos, quase criando uma taxonomia totalmente nova. Devido ao sucesso tremendo, tanto nos arcades quanto no Dreamcast, a empresa Hitmaker, desenvolvedora do jogo, desenvolveu a continuação da série exclusiva para o console da SEGA, garantindo assim um sucesso prolongado mais do que o esperado.
Para o segundo título, ela preparou muitas melhorias e novos mapas, apesar da pressa de lançar um título novo. Ao contrário de alguns outros jogos que sofreram a mesma aceleração na fase de produção, o tempo reduzido não atrapalhou e o jogo se tornou um dos Best-Sellers do console.
Contexto
A série Crazy Taxi fazia o jogador experimentar como era ser um taxista em um universo onde o tempo das pessoas vale mais do que dinheiro. A sociedade, sempre em movimento (e com cada vez mais pressa), passou a desreipeitar as leis de trânsito e quer sempre chegar mais rápido aos seus locais de destino. Assim sendo, os taxistas, profissão diretamente ligada com essa necessidade da sociedade, precisavam inventar caminhos mais rápidos entre o tráfego para continuar trabalhando.
A experiência de jogo é muito simples: Após escolher o mapa, o jogador era movido para a tela de seleção de taxista, onde cada um dos personagens tinha o seu próprio estilo e taxi personalizado. Com todos as opções selecionadas, o jogador era inserido na cidade, onde deveria pegar o maior número de passageiros e levá-los a seu destino da forma mais insana, arriscada e rápida possível, ganhando assim a felicidade de seus clientes e uma gorjeta adicional. Para cada passageiro, o tempo total recebia um aumento, o que incentivava o jogador a pegar mais passageiros e aumentar o tempo de jogo. Uma vez encerrado tal tempo, o jogador iria para a tela de checagem de pontuação, onde seria informado da pontuação total obtida por ele.
Algumas inclusões foram feitas na versão Dreamcast. Primeiramente um novo mapa foi incluído, e o jogador poderia escolher se jogaria no mapa novo ou no mapa da versão Arcade. Já a segunda inclusão, talvez uma das mais importantes para o sucesso da série no console, era o modo Crazy Box, onde o jogador saía da pilotagem do Taxi pela cidade e, ao invés disso, incluído em situações totalmente inusitadas, como em uma pista de boliche gigante tendo como objetivo fazer a maior quantidade possível de strikes sem parar o taxi, sem bater e sem sair da pista. Tais desafios, que possuiam a dificuldade aumentada com o progresso do jogador no modo, eram extremamente divertidos.
Elevando o fator “Diversão”
Para a continuação, o estúdio HitMaker! possuia um enorme desafio em suas mãos: tornar algo extremamente divertido em algo mais divertido ainda. E, para dificultar ainda mais as coisas, a SEGA desejava que o desenvolvimentodo jogo fosse extremamente rápido, para manter os fãs com o climax gerado pelo primeiro título. Até que, em 2001, o jogo Crazy Taxi 2 foi lançado, exclusivo para Dreamcast.
Trazendo novos mapas, agora baseados na cidade de Nova York, nos EUA, os taxistas insanos Slash, Iceman, Cinnamon e Hot-D têm como objetivo satisfazer a satisfação de velocidade e perigo de seus passageiros. As cidades, com o trânsito ainda mais caótico e confuso, continuavam a contar com passageiros individuais e uma novidade: grupos de passageiros. Quando o jogador coletava o grupo de passageiros, ele recebia um bônus de tempo maior. Porém, os passageiros desciam em lugares diferentes da cidade, para dificultar ainda mais a vida do taxista. Nem todas as mudanças foram para dificultar, felizmente. Todos os taxis contavam com o novíssimo Crazy Hop, um salto executado com o táxi no chão, sem o auxílio de rampas, o que facilitava o jogador a saltar ônibus ou cruzamentos movimentados.
O maior diferencial do jogo, sem sombra de dúvidas, são os desafios do modo Crazy Pyramid, um variante do modo Crazy Box. As provas, sempre com uma temática tão engraçada e diferente quanto o jogo normal, continuam a empolgar e a divertir ainda mais os jogadores casuais, com desafios como saltar sobre paredes ou lançar uma bola de golfe gigante o mais longe que puder.
Assista no link abaixo um exemplo da jogabilidade:
Trilha Sonora
Agradando aos fãs de Punk Rock, a banda responsável pela maior parte da trilha sonora do jogo é The Offspring, altamente cultuada e aclamada pelo público. Com sucesso aclamados como No Brakes, Come Out Swinging e Walla Walla, as músicas animam a jogatina e deixam o jogador bastante envolvido com o jogo. Infelizmente, alguns dos clássicos da banda, como Pretty Fly e Original Prankster não foram listadas ao jogo, e a música Americana não é executada por completo, tendo apenas sua introdução reproduzida como tema do menu. A banda também foi contratada para fazer a campanha de publicidade do jogo, além de declarar publicamente que são fãs da série, e que sua van de turnê contava com um Dreamcast e disputas inflamadas de Crazy Taxi 2.
Segue nos links abaixo as músicas da banda que estão em CrazyTaxi 2
Curiosidades
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Algumas empresas utilizaram a franquia Crazy Taxy para gerar um “advertising virtual”, espalhando algumas lojas pela cidade, como as marcas Pizza Hut, KFC, Levi’s, FILA e Burger King.
- No segundo título, os jogadores também podem comandar os Taxistas da versão original, caso o jogador complete todos os desafios do modo Crazy Pyramid. Outras loucuras também são adicionadas ao título, como dirigir a Taxi Bike ou até mesmo o Baby Stroller, um carrinho de bebê.
- A Banda Red Hot Chilli Peppers faz uma referência ao jogo no clipe da música Californication, além de alguns outros títulos famosos de video-game.
- Depois da descontinuidade do Dreamcast, os estúdios HitMaker! e a SEGA portaram a franquia para XBOX e PC, com o título Crazy Taxi 3: High Roller. O jogo mais recente da franquia se chama Crazy Taxi: Fare Wars para PSP em 2007.
Ficha Técnica
Desenvolvimento: HitMaker (SEGA AM3 Studio)
Produção: SEGA
Taxônomia: Corrida/Ação
Jogadores: 1 Jogador
Mídia: 1 GD-ROM
Periféricos: Controle e VMU
Referências
- GameFAQs
- Wikipedia
Atualiazado em 06/05/2010 por Daniel Gularte
Agora eu entendi as imagens aleatórias no notebook…todas elas faziam parte dos artigos…LOL!!!
Todos muito bons (os artigos)
Parabéns!!!