Sumário
Introdução
Mais uma vez nos situamos na guerra “Nintendo x SEGA“, dessa vez na quarta geração de consoles. A Nintendo investia no mercado com o Super Nintendo Entertainmet System (SNES) e continuava com força total no mercado japonês. Já a SEGA investia no sucesso do Genesis (Mega Drive como foi conhecido na Europa, Japão e Brasil), e continuava a líder do mercado Americano.
Porém, na quarta geração de consoles também é importante considerar não só a evolução dos consoles, mas a evolução de Taxonomia de jogos. Os jogos de plataforma, que dominavam o mercado na terceira geração, passaram a disputar com jogos de corrida (OutRun, Top Gear), RPG’s (Final Fantasy, Phantasy Star IV) e jogos de luta (Street Fighter, Mortal Kombat). Esse último ainda com o variante Beat’em’up (ou “briga de rua” como ficou conhecido no Brasil), que consistiam em jogos estilo um contra todos, que sempre fizeram fama em jogos eletrônicos. Tiveram seu lançamento nos Arcades, com o clássico Double Dragon. Com as melhorias no hardware dos consoles, era fatal essa taxonomia aparecer com interessantes títulos.
Entre vários jogos desse gênero, destacam-se algumas franquias como Final Fight, série-líder desse gênero no Super Nintendo, e Streets of Rage, que brilhava no Mega Drive.
A Franquia
Streets of Rage é uma trilogia que narra a história de três ex-policiais que combatem o crime por conta própria em sua cidade. O time,que é inicialmente composto por Axel Stone, Blaze Fielding e Adam Hunter, conta com a ajuda não-oficial da polícia com armamento pesado quando a situação fica fora de controle. Ao desenrolar da trama, a equipe entra em mudanças e os heróis do jogo acabam combatendo a maior organização criminosa do cidade, conhecida como o Sindicato (Syndicate, no original).
O segundo eposódio da saga é o mais popular entre os jogadores, pois além de ter gráficos mais interessantes, melhorou na fluidez dos golpes, mantendo aspectos próprios do jogo como os bons efeitos sonoros, os personagens principais e a música em ritmo pop eletrônico.
O jogo
Streets of Rage 2 se passa um ano após a conclusão do capítulo original. Axel recebe um telefonema de Skate, irmão mais novo de Adam, avisando que Adam foi sequestrado por Mr.X, líder do Sindicato. Axel então decide chamar sua velha amiga Blaze e seu amigo lutador de luta-livre Max Thunder para unir forças com Skate, derrotar mais uma vez o Sindicato e resgatar seu parceiro.
O jogo possui regras típicas dos bons títulos de pancadaria: sequências de golpes derrotando vários inimigos na tela, com movimentação horizontal sem retorno. Itens que podem interagir nas lutas e bônus de vida para pontuações altas. Ah, sim: a velha travessa de frango está de volta, como bônus que recarrega toda a energia do personagem.
Várias melhorias foram incluídas se comparado com a versão passada. Cada personagem possui dois golpes especiais individuais exclusivos, e são exibidas as barras de vidas de todos os oponentes. Foram incluídos também vários inimigos como os Bikers, que atacam os jogadores utilizando uma moto e os Ninjas, que são mais rápidos que os inimigos comuns. Novas armas também foram incluídas como a Kunai. Outras foram substituídas como o Bastão de baseball, que virou uma katana. Infelizmente, a possibilidade de chamar um amigo policial para ajudar os heróis, que existia no jogo anterior (como por exemplo, uma viatura que lança um míssil nos inimigos) foi removida.
E agora, alguns vídeos com muita pancadaria para o Mega Drive!
Trilha Sonora
Um dos maiores charmes do jogo, a trilha sonora é um verdadeiro marco na história dos games. Yuzo Koshiro, famoso compositor de VGM (Video Game Music) com os jogos Revenge of Shinobi e Streets of Rage criou em Streets of Rage 2 uma das trilhas sonoras mais memoráveis da história, que também tem a participação de Motohiro Kawashima na música Expander. Todas as músicas são dançantes, e era impossível jogar o jogo e não bater o pé no chão no ritmo da trilha, ou sair da locadora sem cantarolar a melodia das músicas.
Vamos agora relembrar os sucessos do jogo:
Curiosidades
- Na capa da versão americana e européia do jogo, os personagens principais do jogo estão diferentes do conceito utilizado na versão jogável: Max está careca, Blaze usando uma roupa azul, Axel de cabelo preto e Skate usando patins e calças de cores diferentes. Pode-se concluir que a imagem da capa pode ter sido adaptada de um “concept art” do jogo.
- Na quarta fase do jogo, situada em um parque de diversões, os jogadores avançam por uma sala cheia de arcades. Alguns desses arcades são do jogo Bare Knuckle , que é o nome da franquia Streets of Rage no Japão.
- Existe uma versão criada por fãs chamada Streets of Rage Remake, que é baseada na plataforma de Streets of Rage 2 e mistura todos os elementos da trilogia, alem de possuir uma história exclusiva.
- Yuzo Koshiro declarou que, de todas as trilhas sonoras de games em que ele já trabalhou, a favorita dele é a de Streets of Rage 2. Inclusive ele mesmo mixou algumas das músicas do jogo e as incluiu no próprio cartucho para que os jogadores possam ouvir esses remixes na opção “Sound Test”. Uma dessese remixes, a música “Go Straight (Beatmix)” está na seção Trilha Sonora desse post.
Ficha Técnica
Desenvolvimento: SEGA (Estúdio AM7)
Compositor: Yuzo Koshiro / Motohiro Kawashima
Taxonomia: Beat’em up / 2D
Jogadores: 1 a 2 Jogadores
Mídia: Cartucho
Controles: joystick
Referências
- Wikipedia (em Inglês)
- GameFAQS
Atualiazado em 31/12/2015 por Daniel Gularte
Excelente jogo, e agora o streets of Rage 4 tem 8 personagens para se escolher. Axel, Adam, Blaze, Max, Estel, Shiva, Floyd e Cherry.
O JOGO STREET OF RAGE FEZ MUITO SUCESSO ESSES IDIOTAS TIRARAM O JOGO,PARA MIM FOI O MELHOR JOGO DE LUTA DE TODOS OS TEMPOS
Cara qual é a musica final quando vc “zera” o jogo no STREET OF RAGE 1???
Vamos fazer um post sobre este game.
Muito bom o post, é incrível como uma franquia dessa não teve continuação nos consoles da atual geração, ou um filme (creio que não gastariam muito nisso), mas se tudo der certo a franquia será renascida ou pelo menos um cover dela. Esse jogo é de um roteiro relativamente simples, mas que dá inúmeras possibilidades ao desenvolvedor, quem sabe ele não aparece de novo?!?! Abraço