Sumário
Um mundo demoníaco
Alto nível de ansiedade, arritimia cardíaca e tensão muscular são sintomas básicos de quem se encontra em uma situação de morte iminente. Esse medo de perder tudo que você conquistou em vida e ver que nada valeu a pena é algo que te acompanha o tempo todo em Demon’s Souls (PS3).
O game é um RPG/Adventure sombrio exclusivo da Sony que foi lançado somente no Japão, onde fez um sucesso mediano, porém, no resto do mundo as críticas positivas e importações foram tantas que a From Software resolveu lançar uma versão americana.
A história se passa em um reino baseado na Europa Medieval de fantasia com direito a armaduras, dragões e artefatos mágicos chamado Boletaria, onde um velho rei chamado Allant realizou um ritual canalizando a energia de todas as almas do reino visando sua prosperidade. Uma estranha névoa então isolou Boletaria e todos que se dirigiam para lá nunca voltavam, pois o ritual de canalização das almas havia despertado o adormecido demônio Old One que jazia em sono eterno. A criatura lançou demônios sobre Boletaria que se alimentaram das almas conduzidas pelo nevoeiro negro.
Alguns homens tentaram entrar no nevoeiro para enfrentar os demônios e libertar o reino, mas sempre falhavam. Você como player, assume a forma de um desses guerreiros que morre logo enfrentando o primeiro grande demônio e é depois de morto que começa a sua aventura.
Game Design
O grande mérito e defeito de Demon’s Souls é o nível de dificuldade absurdo do game. Para ficar mais claro, vou enumerar alguns detalhes:
- Os combates do jogo são bem realistas, logo, se você levar duas ou três espadadas bem dadas, YOU WILL DIE!
- Não existe SAVE POINT. Se você passar 40 minutos atravessando uma fase e morrer com um “peteleco” do chefão, automaticamente você voltará para o início da fase e terá que atravessar tudo de novo, e pior, você perde todos os ítens que conquistou e almas que capturou durante o percurso.
- E o pior de todos: A medida que você morre muito no jogo, a dificuldade vai AUMENTANDO! Ao contrário de God of War que pergunta ao gamer se ele quer baixar o nível pra easy quando percebe que o mesmo morre muito num determinado ponto.
De certa forma, a dificuldade certamente vai afastar jogadores mais novatos e inseguros, mas vai instigar àqueles que gostam de um desafio insano. O poder de imersão do game é tanto que você não tem controle sobre os palavrões proferidos quando morre ou os pulos de alegrias que você dá no sofá durante as conquistas. É tenso como um bom filme de terror, graficamente bem elaborado como os top de linha dessa geração e divertido dentro das expectativas de um bom RPG.
Conclusão
É certamente um dos três jogos mais difíceis dos jogos eletrônicos, lembrando muito os desafios de Battletoads (nintendinho) e Shadow of the Beast (Megadrive).
Curiosidades
- Existe ítens mágicos com diferentes funções. Algumas STONES lhe garantem o poder de usá-las para invadir (via online) o game de uma amigo seu como um espírito ajudante nos combates e vice-versa.
- Você pode entrar no game de uma outra pessoa e simplesmente ver a última batalha que ele teve antes de morrer para aprender com os erros dele e evitar de morrer da mesma forma.
- O jogo é muito intuitivo e alguns ítens mágicos e magias avançadas você só aprende se encontrar personagens secretos e libertá-los de suas atuais condições.
Ficha Técnica
Designer: Hidetaka Miyazaki (produção)
Compositor: Shunsuke Kida
Taxonomia: 3D/Ação
Jogadores: 1 ou multiplayers
Mídia: Blu-ray
Controles: joystick
Referências
- Wikipedia
Atualiazado em 29/03/2010 por Daniel Gularte